quarta-feira, 20 de julho de 2011

SOBRE OS EDUCADORES...

"A grande contribuição de Piaget foi estudar o raciocínio lógico-matemático, que é fundamental na escola mas não pode ser ensinado, dependendo de uma estrutura de conhecimento da criança", diz Lino de Macedo, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo.
Educar, para Piaget, é "provocar a atividade" - isto é, estimular a procura do conhecimento. "O professor não deve pensar no que a criança é, mas no que ela pode se tornar". (Profª Valdeir)



O maior objetivo de Paulo Freire era fazer com que o aluno se conscientizasse da necessidade que ele tem em aprender o mundo a sua volta.  Ele dizia que ninguém ensina ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas. As pessoas aprendem uma com as outras, pensava que tudo a nossa volta esta em permanente transformação e interação então é preciso inovar e ou reformular conceitos e definições. Afinal todos somos seres inacabados.  
Já Fernando Hernándes que se baseia nas idéias de John Dewey (1859-1952), fala sobre a transformação do papel do professor de transmissor para um pesquisador fazendo assim com que o aluno passe a ser uma pessoa ativa no seu processo de aprendizagem. Ele acreditava que todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto. O projeto avança à medida que as perguntas são respondidas e o ideal é fazer anotações para comparar erros e acertos, isso vale para alunos e professores porque facilita a toma de decisões. Aulas expositivas, participação em seminários, trabalhos em grupo e individual são importantes para que os alunos estudem em diferentes situações. Para Hernándes a organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, desde que os conteúdos já tenham sido pré-definidos pela escola e pode (ou não) ser interdisciplinar.
Observei que a intenção tanto de Paulo Freire quanto de Fernando Hernándes como a dos demais teóricos é sempre uma busca pelo melhor, pelo novo, pelo que faz com que professores e alunos procurem um tesouro escondido, algo que possa responder suas perguntas e solucione problemas a sua volta. Eles acreditam que todos somos iguais independente da classe social, aparência, língua ou cor, somos inacabados (dizia Paulo Freire), mas capazes de nos transformamos e transformar o mundo em que vivemos em um lugar melhor. (Profª Gilsele)

O método montessoriano tem por objetivo a educação da vontade e da atenção, com o qual a criança tem liberdade de escolher o material a ser utilizado, além de proporcionar a cooperação.  Os princípios fundamentais do sistema Montessoriano era atividade, a individualidade e a liberdade, enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando que a vida é desenvolvimento, achava que era função da educação favorecer esse desenvolvimento. Os estímulos externos formariam o espírito da criança, precisando, portanto, ser determinados. A pedagogia de Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas, uma oposição aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e os mecanismos evoluídos do desenvolvimento da criança. (Profª Daniely)

O movimento pedagógico criado por Freinet tem como centro a dimensão social e o trabalho; a criança é percebida como cidadã, detentora de direitos e deveres, não é vista como ser isolado, mas parte de uma comunidade, que quem atende e de quem recebe atendimento. A escola é dinâmica e parte das necessidades sociais, principalmente das camadas populares. Suas técnicas partem do trabalho e quebram a separação existente entre a vida e a escola, é ele o criador: das aulas-passeio; do desenho livre; do texto livre; da correspondência interescolar; do jornal (mural e impresso); do livro da vida; do dicionário das crianças, para citar apenas algumas. Em sua percepção de globalização, Freinet parte de um estímulo gerador que reúne todas as áreas do conhecimento a partir de temas que geram, puxam as demais informações. Estes temas que são escolhidos pelas crianças e trabalhados a partir de oficinas de trabalho manual e intelectual; projetos e contratos de trabalho; fichários (com registros sobre os assuntos estudados) e a cooperativa escolar. As muitas técnicas de ensino desenvolvidas por Freinet são aplicadas a partir do tema gerador escolhido. Seu diferencial é que todos os assuntos são abordados a partir das experiências concretas do meio social, essencialmente as experiências do trabalho humano. Assim, a escrita não se reduz a exercícios desconexos, mas deve ser trabalhada a partir das práticas sociais: a carta, o bilhete, o artigo, o jornal. 
Freinet considera que o principal motor da aprendizagem é a motivação, o interesse da criança e, portanto, os conhecimentos devem ser trabalhados de forma significativa e prazerosa. (Profº Gerson)

 
Os pensadores que foram abordados trazem em sua essência  um método globalizado para o processo de aprendizagem. Indiretamente estão interligados, pois os fins de seus estudos são apropriações do conhecimento envolvendo sua experiência, sua intencionalidade, o aprender fazendo e o aprender por si próprio – exigindo, às vezes, um trabalho manual, a integração de várias áreas de conhecimento, a contextualização desses conhecimento à atividade mental e a realidade do aluno. Esta citação lembra bem o nosso grande educador Paulo Freire - Pedagogia da Autonomia. Em resumo temos que adaptar as idéias destes pensadores na implementação de novas tecnologias na escola. Enfim nada se cria tudo se copia. (Profº jurandir)

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