Educar, para Piaget, é "provocar a atividade" - isto é, estimular a procura do conhecimento. "O professor não deve pensar no que a criança é, mas no que ela pode se tornar". (Profª Valdeir)
O maior objetivo de Paulo Freire era fazer com que o aluno se conscientizasse da necessidade que ele tem em aprender o mundo a sua volta. Ele dizia que ninguém ensina ninguém, mas as pessoas também não aprendem sozinhas. As pessoas aprendem uma com as outras, pensava que tudo a nossa volta esta em permanente transformação e interação então é preciso inovar e ou reformular conceitos e definições. Afinal todos somos seres inacabados.
Já Fernando Hernándes que se baseia nas idéias de John Dewey (1859-1952), fala sobre a transformação do papel do professor de transmissor para um pesquisador fazendo assim com que o aluno passe a ser uma pessoa ativa no seu processo de aprendizagem. Ele acreditava que todas as coisas podem ser ensinadas por meio de projetos, que se tenha uma dúvida inicial e que se comece a pesquisar e buscar evidências sobre o assunto. O projeto avança à medida que as perguntas são respondidas e o ideal é fazer anotações para comparar erros e acertos, isso vale para alunos e professores porque facilita a toma de decisões. Aulas expositivas, participação em seminários, trabalhos em grupo e individual são importantes para que os alunos estudem em diferentes situações. Para Hernándes a organização do currículo deve ser feita por projetos de trabalho, desde que os conteúdos já tenham sido pré-definidos pela escola e pode (ou não) ser interdisciplinar.
Observei que a intenção tanto de Paulo Freire quanto de Fernando Hernándes como a dos demais teóricos é sempre uma busca pelo melhor, pelo novo, pelo que faz com que professores e alunos procurem um tesouro escondido, algo que possa responder suas perguntas e solucione problemas a sua volta. Eles acreditam que todos somos iguais independente da classe social, aparência, língua ou cor, somos inacabados (dizia Paulo Freire), mas capazes de nos transformamos e transformar o mundo em que vivemos em um lugar melhor. (Profª Gilsele)
O método montessoriano tem por objetivo a educação da vontade e da atenção, com o qual a criança tem liberdade de escolher o material a ser utilizado, além de proporcionar a cooperação. Os princípios fundamentais do sistema Montessoriano era atividade, a individualidade e a liberdade, enfatizando os aspectos biológicos, pois, considerando que a vida é desenvolvimento, achava que era função da educação favorecer esse desenvolvimento. Os estímulos externos formariam o espírito da criança, precisando, portanto, ser determinados. A pedagogia de Montessori insere-se no movimento das Escolas Novas, uma oposição aos métodos tradicionais que não respeitavam as necessidades e os mecanismos evoluídos do desenvolvimento da criança. (Profª Daniely)
O movimento pedagógico criado por Freinet tem como centro a dimensão social e o trabalho; a criança é percebida como cidadã, detentora de direitos e deveres, não é vista como ser isolado, mas parte de uma comunidade, que quem atende e de quem recebe atendimento. A escola é dinâmica e parte das necessidades sociais, principalmente das camadas populares. Suas técnicas partem do trabalho e quebram a separação existente entre a vida e a escola, é ele o criador: das aulas-passeio; do desenho livre; do texto livre; da correspondência interescolar; do jornal (mural e impresso); do livro da vida; do dicionário das crianças, para citar apenas algumas. Em sua percepção de globalização, Freinet parte de um estímulo gerador que reúne todas as áreas do conhecimento a partir de temas que geram, puxam as demais informações. Estes temas que são escolhidos pelas crianças e trabalhados a partir de oficinas de trabalho manual e intelectual; projetos e contratos de trabalho; fichários (com registros sobre os assuntos estudados) e a cooperativa escolar. As muitas técnicas de ensino desenvolvidas por Freinet são aplicadas a partir do tema gerador escolhido. Seu diferencial é que todos os assuntos são abordados a partir das experiências concretas do meio social, essencialmente as experiências do trabalho humano. Assim, a escrita não se reduz a exercícios desconexos, mas deve ser trabalhada a partir das práticas sociais: a carta, o bilhete, o artigo, o jornal.
Freinet considera que o principal motor da aprendizagem é a motivação, o interesse da criança e, portanto, os conhecimentos devem ser trabalhados de forma significativa e prazerosa. (Profº Gerson)
Os pensadores que foram abordados trazem em sua essência um método globalizado para o processo de aprendizagem. Indiretamente estão interligados, pois os fins de seus estudos são apropriações do conhecimento envolvendo sua experiência, sua intencionalidade, o aprender fazendo e o aprender por si próprio – exigindo, às vezes, um trabalho manual, a integração de várias áreas de conhecimento, a contextualização desses conhecimento à atividade mental e a realidade do aluno. Esta citação lembra bem o nosso grande educador Paulo Freire - Pedagogia da Autonomia. Em resumo temos que adaptar as idéias destes pensadores na implementação de novas tecnologias na escola. Enfim nada se cria tudo se copia. (Profº jurandir)
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